Gasolina cara? Veja novas opções sustentáveis, que vem surgindo ao redor do mundo.

Os reajustes constantes no preço dos combustíveis, vem dando cada vez mais, dor de cabeça nos brasileiros. Porém a corrida para a criação de combustíveis alternativos, segue a todo vapor, com ideias que vão do uísque ao chocolate.

Se dirigir, não beba. Use uísque de combustível !

Uísque de combustível

O uísque escocês é um dos produtos mais particulares e renomados do mundo.

Ainda assim, para fazer cada litro da bebida, vários resíduos acabam sendo descartados. Com isso, o cientista Martin Tangney, está usando esses resíduos em um processo de fermentação para transformá-los em bioquímicos, que podem substituir parte da gasolina e do diesel.

A ideia de Tangney, partiu através do seu objetivo de encontrar um material básico e barato, para tornar os biocombustíveis comercialmente viáveis e sustentáveis. A Startup Celtic Renewables, fundada em 2011, levantou mais de 40 milhões de libras, com o apoio de investidores e do governo, para construir a primeira biorefinaria da Escócia, que deverá ser finalizada ainda neste ano.

Da panela, para o asfalto!

Já pensou, Bacon de combustível?

O Bacon, é também outro combustível alternativo em que a americana Hormel Foods, produtora de bacon em Minnessota, vem desenvolvendo. Atuante no ramo de carnes há mais de 100 anos, a empresa utiliza o combustível 100% orgânico, como alternativa ao óleo diesel. A moto utilizada como base, foi o modelo 2011 da Track T-800, uma das únicas motos com motor a diesel da atualidade. Capaz de fazer de 0 a 100 km/h em cerca de 6 segundos, a motocicleta de origem holandesa, possui motor de três cilindros, herdado do modelo Smart, que gera 45 cavalos de potência, e foi apelidado de ”Bacon-Bike”.

Para se movimentar, o veículo queima biodiesel originário da gordura solta pelo alimento, após ser cozinhado, e os gases exalados pela moto, após a queima do motor, produzem um cheiro de bacon.

Vai um cafézinho?

Que tal um cafezinho?

Frequente nas nossas manhãs, o café também não está de fora da lista, e já vem sendo estudado por diversos cientistas a um bom tempo. Contudo,a startup inglesa Bio-Bean, em parceria com a Shell e a Argent Energy, conseguiu transformar a borra de café (é o que sobra após o café ser coado) em óleo. O processo químico, é chamado de transesterificação, onde mergulham a borra do café, em um solvente orgânico, e o converte em biodiesel. Essa técnica foi testada com grãos de diferentes regiões, e também com versões descafeinadas.

O resultado da composição foi extremamente promissor, e de pouca variação. Isso quer dizer que, todos os resíduos de borra de café podem ser aproveitados, e que o biocombustível de café possa ser produzido em pequena escala. O objetivo primário, é de alimentar as próprias redes das lojas, e os serviços de entrega de seus produtos. Estima se que, 10kg desses resquícios, possam produzir cerca de 2 litros de biocombustível.

Chocodiesel ?

Completa com chocolate frentista!

Mais uma vez liderado por ingleses, o grupo Ecotec transformou os resíduos e subprodutos do processo de fabricação do chocolate em bioetanol, depois foi só adicionando um pouco de óleo vegetal, para criar o primeiro biodiesel á base de chocolate. A ideia, é ter mais uma opção de combustível limpo e sustentável, e mostrar para as pessoas que, utilizar os ”restos” da produção de chocolates, não afetará em nada a indústria de alimentos.

Esse combustível alternativo, usa a mesma tecnologia criada por Rudolf Diesel (inventor do motor a diesel, movido a óleo de amendoim), transformando o chocolate em um líquido de cor escura, e depois, o misturando com 100 ml de metanol, e um pouco de hidróxido de potássio. A aparência é similar ao mel.